Missa "In Coena Domini"

Salve Maria,

Celebramos nesta Quinta-Feira Santa, com a Missa "In Coena Domini", o primeiro dia do sagrado Tríduo Pascal, dia santo no qual Nosso Senhor Jesus Cristo institui a Santíssima Eucaristia, e no qual torna perene no tempo e na história a Sua presença no nosso meio, presente pela transubstanciação do pão e do vinho no Seu Corpo e Sangue, tão verdadeiro e grandioso mistério da nossa fé.

Hoje, usam-se os paramentos brancos e entoa-se solenemente o “Gloria in excelsis Deo”, suprimido durante todo o tempo da Quaresma, embora num ambiente festivo, não se canta “Aleluia”, é uma celebração de alegria e ao mesmo tempo de dor e lágrimas: alegria pela comemoração da instituição da Eucaristia e lágrimas pelos acontecimentos que se avizinham: a crucifixão e morte de Jesus no Monte Calvário.

Juntamente com a Eucaristia, o Senhor Jesus, institui na Última Ceia o Sacramento da Ordem, ou seja, com a instituição da Eucaristia, o Senhor oferece-nos os presbíteros, aqueles homens escolhidos e abnegados que fazem e refazem o mistério da nossa fé, o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Grandioso este presente para a nossa salvação.

A Eucaristia, torna-se assim, na Páscoa do Senhor, o memorial dessa maravilha, a maior entre todas as maravilhas de Deus: o Dom de Seu Filho, pelo qual a morte é vencida e transformada em vida. Por consequência, o Corpo e o Sangue de Cristo, nos são dados, para que, também nós sejamos transformados:

“Se o recebestes bem, tornai-vos vós mesmos n’ Aquele que recebestes”. (Santo Agostinho).

Também hoje, se procede ao rito do lava-pés, quando depois da homilia, o sacerdote, retirando a casula, se cinge com um avental e lava os pés de alguns membros da comunidade. Este rito é conhecido desde a mais remota antiguidade; o décimo sétimo concílio de Toledo, na Espanha, em 694, prescreveu que o lava-pés deveria ser realizado em todo o mundo na Quinta-Feira Santa, imitando assim o gesto de Jesus. Contudo, o rito estava reservado ás catedrais e basílicas, e só mais tarde foi permitido e sugerido em todas as igrejas. O antigo nome deste rito era “mandatum”, tirado da palavra inicial da antífona que acompanha o rito, cantada em latim, “mandatum novum do vobis...” (Dou-vos um mandamento novo).

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