FIDELIDADE A IGREJA CATÓLICA, UM PROBLEMA URGENTE!!!

Salve Maria,
 
Trago hoje um artigo que recebi via e-mail de um seminarista da diocese de Cachoeira do Sul-RS, em que ele fala sobre o celibato dos padres e dos seminaristas. Aos leigos vale à pena ler pois vos viram muitas dúvidas; aos padres e seminaristas vale à pena ler para que repensem e permaneçam firmes na Missão para a qual foram chamados!
 
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Ha algum tempo, algumas controvérsias tem surgido na Igreja Católica sobre a questão do celibato do padre e do seminarista.

Do seminarista sim!!! Isso parece estranho, mas não. Apesar de que muitas vezes se parece que seminarista é “livre” ( no sentido sujo do termo) - de maneira alguma - a fidelidade faz parte de nossa vida. Somos celibatários,não solteiros, abrimos mão de uma vida conjugal, decidimos consagrar nosso corpo e todo nosso ser a Deus.

Mas, amigo e amiga: se você ver aí um seminarista num “clima feliz” com uma mocinha, não se assuste, a infidelidade por aqui não é algo raro (infelizmente).

As responsabilidades começam na formação sacerdotal. Sei que o relativismo atual e a depreciação de valores dentro da vida eclesial estão afrouxando as rédeas da fidelidade, até mesmo nos meios religiosos.

Estamos entrando numa época em que parece que “tudo pode”, então você que acredita nos verdadeiros valores da vida, prepare-se para se decepcionar com pessoas que você jamais pensou que um dia ia se decepcionar.

Porque trago esse assunto. Estou falando de celibato porque me questionaram se realmente nós seminaristas somos fiéis, por sermos jovens, “bonitos” ( aí já não sei...) cheios do instinto carnal.

[...]

Bem, primeiro, se algum seminarista achar que necessita de um amor feminino desesperadamente, então saia do seminário e constitua uma família. Melhor decepcionar os que esperavam que ele fosse sacerdote do que sujar o nome da Igreja Católica, como esta acontecendo “de monte” em muitos lugares.

Fico impressionado com pessoas que dizem: “ Há, se os padres pudessem casar, teríamos mais padres na Igreja”. Minha gente, se algum padre é padre, o é porque quis, ninguém é forçado a nada e ele sabia que deveria ser fiel de corpo e alma à Igreja!

Assim como eu estou aqui querendo ser sacerdote porque acredito ser essa minha vocação, mas não sou forçado a estar aqui e carregar o “peso” de não poder ter uma menina ( “peso” , utilizei essa palavra porque é o termo que muitos usam, inclusive padres).

Então minha gente, nossa opção é livre. Assumimos abrir mão do amor de uma mulher por amor a uma causa maior. Abrimos mão do amor feminino para servir totalmente a Deus e para nos configurarmos mais perfeitamente a Cristo.

Agora outra coisa:

CELIBATO não é solteirice!!!

Não somos solteiros, somos celibatários. Vamos falar aqui uma linguagem besta, mas talvez seja mais fácil de se entender: é como se fossemos “casados” com a Igreja, então se algum padre ou seminarista ser infiel tendo junto de si uma mulher ou uma menina, ele comete o pecado do adultério tanto quanto o marido ou a mulher!!!

Então, não entendo o porquê muitos dizem que deve ser difícil ser fiel à Igreja e não ter um relacionamento. Respondo: é tão difícil ser fiel para nós como o marido ser fiel à sua mulher e sua mulher a ele.

Então dificuldade existe em toda parte. Se eu desistir de ser padre e procurar o matrimônio, lá vou ter de ser fiel tanto como eu deveria ser como sacerdote.

Não sei se ficou claro isso, mas a fidelidade no sacerdócio é igual a do matrimônio. Muitas pessoas olham para nós com pena porque acham que somos uns desanimados da vida, por não ter uma namorada. Não!

Estamos aqui por uma opção pessoal, não somos forçados, se quisesse e achasse necessidade urgente de ter uma namorada, sairia do seminário e iria buscar o matrimônio.

Mas se aqui estamos é porque acreditamos na graça de Deus que vai nos ajudar a sermos fieis a nossa vocação.

É difícil?

Com certeza, são muitas as tentações, mas quando a vontade é maior, quando a vida de oração, de penitência, está fortificada, nada pode impedir de ser fiel, embora possamos cair muitas vezes, como no matrimonio.

Então você pode perguntar: porque toda essa conversa aí sobre padre casar e tudo mais?

Respondo:

Como estamos num ambiente tomado pelo liberalismo e pelo marxismo, se instaurou um clima de liberalidade, não existe mais pecado, tudo pode, “Deus é amor”, porque andar com medo de pecar? Se infiltrou na Igreja uma mentalidade mundana e demoníaca de igualar o sacerdote, ao povo. Logo, o padre vive exatamente como o povo; esqueceu-se do que São Paulo escreveu na carta aos hebreus: “O sacerdote é TIRADO do meio do povo”.

Logo, muitos sacerdotes vivem uma vida mundana e os seminaristas... pior ainda.

Aí pergunto: como ser fiel se vive assistindo porcaria na televisão, programas e filmes subversivos, onde a vida de oração e de penitencia já perdeu a importância, onde o importante é ir pra pizzaria encher “a pança” e ficar ate altas horas vendo as meninas passar?

É claro, enche-se a cabeça de porcaria, de imaginações; logo, vai-se achar mesmo o celibato uma coisa pesada, injusta, imposta por aquele papa velho que nem bate bem da cabeça.

É isso que falam muitos seminaristas e alguns padres, que nem sei como não tem vergonha de se dizer padres! Se você não quer comer, para que ficar manuseando o cardápio? Assim diria padre Paulo Ricardo!

Se um seminarista vive só de papinho dia e noite com as mocinhas no MSN, vive só olhando as situações imaginativas que o demônio coloca na televisão, se fica infiltrado demais no meio feminino, logo, de tanto ver a comida, vai dar vontade de comer (desculpe a linguagem). É a lógica: não quer se queimar, não mexa com fogo!

Gente boa, nós somos pecadores como todos, somos humanos, mas já não podemos fazer tudo o que o “povão” faz! Mas colocar isso na cabeça liberalista de nossa realidade eclesial é diííicil!
Não podemos ter uma vida igual à de todo mundo, somos consagrados a Deus. Mas esta igualdade já está gerando frutos, e bem visíveis, se quisermos ser iguais ao povo, iremos fazer tudo, mas TUDO mesmo que o povo faz, aí é o fim!!!

Mas como Jesus disse que jamais o inferno iria transpor as portas da Igreja, fico mais tranquilo.
Minha gente, celibato é uma opção de amor, abrimos mão do amor feminino por algo muito maior, sei que para o mundo que fala , sonha, cheira e vive de sexo, o que fizemos parece loucura, mas acreditamos que a vida é mais do que isso, que a beleza da sexualidade esta além do sexo!
Diria padre Paulo: o que falta é fé!

Só isso: falta fé em muitos corações, inclusive em muitos corações de padres e seminaristas! O celibato é intervenção de Deus, mas para muitos religiosos, Deus é um ser que só existe lá na Igreja, tem muito padre que é padre só lá diante do altar, dentro da Igreja, por isso que estamos nessa situação.

E você pode me perguntar: Mas Robson, e você? É certinho assim, não comete esses deslizes?
E eu novamente, respondo: Bem, primeiro quero dizer que não sou um monge que vivo no deserto fazendo minha própria vida, essa realidade da qual falei é que vivo as vezes, vivo aqui nesta realidade, não em um mundo perfeito de onde olho e me apavoro de tudo isso. Não. Que isso não seja desculpa, estou nesse barco, também tenho de dançar a dança que se dança ao meu redor, não tenho como fazer meu mundo particular, claro que não sou obrigado a ser infiel e cometer coisas que sei que não são corretas, mas... o meio social às vezes nos obriga a fazer coisas que nem sempre estamos de acordo, não sei se me entendem.

Sou pecador, e muitas criticas que fiz aqui, vivi-as na pele, por isso não quero ficar “baixando a lenha” nos outros, mas isso tudo serve também para mim, pois precisamos lutar pela nossa santidade pessoal.
Enfim minha gente, se quisermos realmente, como consagrados a Deus, viver o celibato, viver a santidade, ser fiel de verdade a missão que assumimos, temos de viver uma vida ascética, ou seja, uma vida voltada para as coisas de Deus, viver no mundo, sem medo de sermos taxados de ortodoxos, conservadores, mas não sendo um reprodutor de modelos mundanos, como infelizmente fazem muitos sacerdotes e seminaristas.

Portanto, respondendo a questão, tem muito padre e seminarista infiel sim, que no altar faz belo sermão e depois vai para “a noite”, fazer outras coisas bem piores do que vocês imaginaram aí.
Mas gente, isso também não pode escurecer a santidade de vida e a fidelidade de outros, que talvez sejam poucos, que vivem no silêncio, mas que demonstram a verdadeira identidade da Igreja Católica. Não vamos julgar todos pelo que alguns aprontam, ou talvez muitos, mas lembremos de que existem sim, seminaristas e padres (podem ser poucos, mas existem) que lutam pela fidelidade e que tem amor a causa que assumiram.

Enfim: o celibato não é uma cruz que carrego, mas uma opção que fiz, sou feliz sem ter uma namorada, sou feliz em consagrar todo a minha vida, em consagrar meu corpo e todo meu ser somente a Deus.

Gente, rezem por nós, termino pedindo isso, rezem pela gente, rezem pela Igreja, ela necessita de muitas orações.

Obrigado!

Seminarista Robson Dias
2º ano de Filosofia
Diocese de Cachoeira do Sul / RS

2 comentários:

  1. eu respeito a sua opiniao , mais como voçe mesmo disse voçe é feliz mais e outros? eu acho que autorizar o casamento para os padres não é denegrir a fé catolica mais sim eu diria abrir novos horizontes. eu digo mais os diagonos não são casados e não fazem 1 bom trabalho eu acho que o celibato deveria ser optativo quem quser segur que siga, eu esmo gostaria muito de s er padre mais não vou selo por causa do celibato e desde ja parabens pela sua vocação e que deus te abençoe amigo 1 abraço

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    1. A Tradição da Igreja da Igreja determina a milênios que os padres devem sim guardar o celibato e tradições da Igreja não podem serem desfeitas, aprenda.

      E obrigado pelo desejo de que Deus me abençoe na minha vocação.

      Pax Domini.!

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