Mais desrespeito e intolerância da parte dos democratas na PUC-SP

Salve Maria, caros leitores,

Segue a notícia de mais um acontecimento da lamentável manifestação que está ocorrendo na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
--

O “Pátio da Cruz”, no campus da PUC-SP em Perdizes (zona oeste), foi invadido ontem por centenas de estudantes e um boneco de 3 m de altura representando um padre.

O sacerdote, que dizia “querer a PUC”, teve partes do corpo mutiladas até perder a cabeça. Morreu ouvindo a frase derradeira: “O senhor também não pode querer ter tudo. Muito menos a PUC”.

A encenação foi conduzida por um ex-aluno famoso da universidade, o diretor de teatro Zé Celso Martinez, que reuniu cerca de 200 pessoas no pátio às 18h em ato em prol do movimento grevista que pede a desistência da professora indicada para a reitoria, Anna Cintra.

Zé Celso iniciou o espetáculo com frases provocativas: “Fora Anna Cintra!”; “O Vaticano tem que entrar pelo cano! Chega!”.

A plateia –alunos, ex-alunos e professores– ovacionou a cena, adaptada do espetáculo “Arcodes”, do próprio diretor e em cartaz atualmente em São Paulo.

Zé Celso, conhecido pela inventividade (e longa duração) de suas obras, foi convidado para fazer o ato pelos próprios alunos.

“O movimento político da PUC ficou forte e vai tocar o mundo. O papa é um ditador. A Igreja castra e o catolicismo é antropófago”, disse Zé Celso, após o ato.

O diretor foi aluno de filosofia da PUC-SP. Disse ter desistido após dois anos de curso porque a instituição não tinha a democracia que tem atualmente.

DEMOCRACIA

Presente no ato, Sônia Inácio, professora de pós-graduação, disse o movimento grevista é justo.

“Acho [o ato] maravilhoso! A arte deve ser empregada também para ajudar momentos políticos.”

Para Andréia Fischer, 23, aluna de psicologia, a luta dos estudantes é maior que a indicação para a reitoria.

“É uma luta a favor da democracia em todas as universidades”, afirmou.

TERCEIRA COLOCADA

A greve começou no dia 13, depois que Anna Cintra foi indicada para a reitoria por dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo e grão chanceler da PUC-SP.

Ela ficou em terceiro lugar em uma eleição entre alunos, funcionários e professores.

O estatuto prevê que a escolha final, entre os nomes de uma lista tríplice, cabe ao cardeal, mas, tradicionalmente, o primeiro era o nomeado. O vencedor foi Dirceu de Mello, o atual reitor.

Cintra deve tomar posse do cargo na sexta-feira. A comissão do movimento diz que os alunos e professores pretendem manter a greve até que ela desista do cargo de reitora da universidade.

DESRESPEITO

A assessoria da PUC disse que a reitoria não iria se manifestar sobre o ato.

A assessoria da Arquidiocese de São Paulo informou, em nota, que “desconhecia as manifestações do senhor José Celso Martinez acerca da fé católica e lamenta que o referido senhor desrespeite o sentimento religioso de milhões de brasileiros”.

“Mais lamentável o fato de as ofensas acontecerem no contexto do ambiente acadêmico, do qual se espera o mínimo de convivência com a liberdade de crença”, afirmou a arquidiocese.

* * *

Oportuna também é a leitura do artigo do dr. Ives Gandra da Silva Martins no site da Arquidiocese de São Paulo: “O atual reitor da USP também não foi o primeiro colocado da lista, nem o atual procurador-geral do Ministério Público estava no topo dos três indicados. É uma prerrogativa estatutária, que foi exercida, legal e legitimamente”. O clamor por democracia vale, então, apenas para instituições ligadas à Igreja?
____________
Fonte: Folha de São Paulo e Fratres in Unum


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Importante:

O seu comentário estará disponível logo após a aprovação do autor.
Obrigado.